g.e. Glória

História

1988/1989: nunca fomos tão felizes!



A segundona de 1988 possivelmente foi a mais disputada de todos os tempos: 36 equipes lutaram por duas vagas ao Gauchão. O Glória venceu as fases iniciais e apoiado em uma perfeita aliança entre clube, torcida, empresariado e poder público, partiu para a disputa do octogonal final como favorito. A largada, porém, foi preocupante, e a perspectiva do adiamento do sonho por mais um ano começava a tornar-se uma realidade.


Foi quando a direção contratou o técnico Daltro Menezes. Experiente e folclórico, o “Gordinho” deu ao time a confiança necessária para a vitória, que veio de forma definitiva na tarde de 27.11.1988, quando a cidade parou para ver o Glória golear o Ypiranga por 3 a 0 e conquistar o título da Divisão Especial de 1988. Durante o octogonal, o time-base teve: Gasperin; Betão, Chimbica, Chicão e Francisco; Alemão, Plein, Hélder e Edmundo; Zé Carlos e Marcos Toloco.


O grupo campeão da Divisão Especial de 1988. Acima, da esq. para a dir.: Zé Roberto, Zé Moraes, Renato Lima, Chimbica, Didier, Cigano, Gasperin, Luiz Carlos e César “Vaquinha”. Em pé: Beto Almeida (Aux. Técnico), Daltro Menezes (Técnico), Ricardo, Herman, não identificado, Zé Carlos II, Plein, Chiquinho, Zé Carlos, Marcos Toloco, Élder, não identificado, Betão e Antônio Soares dos Santos (Dir. Administrativo). Agachados/sentados: Chimia, Nestor (Massagista), Edmundo, Chicão, Jorginho, Faller, Élton, Francisco, Áureo e Edu Chaves (Supervisor).

O grupo 4º colocado no Gauchão de 1989. Em pé, da esq. para a dir.: Zé Roberto, Paulão, Garcia, Paulo Santos, Vladimir, Didier, Edmundo, Gasperin, Zé Cláudio, Gilberto, Ricardo, Daltro Menezes (Técnico), Hamilton (Prep. Físico), Josimar Pilar (Dir. de Futebol), Alexandre Pilar e Antônio Soares dos Santos (Dir. Administrativo). Ajoelhados: Francisco, Zé Carlos, Áureo, Juarez, Rubinho, não identificado e Edmílson. Sentados/agachados: Jorginho, Branco, Jair, Élder, Chimbica, Edu Chaves (Supervisor) e Nestor (Massagista).

Com a vaga assegurada, era necessário preparar-se para a estréia na elite. Manteve-se Daltro Menezes e reforços foram trazidos. A expectativa era imensa, mas a equipe correspondeu ao que dela se esperava: o Rio Grande conheceu o estilo Glória de jogar futebol, feito de muita determinação e espírito de grupo, mesclando a experiência do veterano Gasperin com a raça do jovem atacante Zé Cláudio e com a qualidade de Branco e Edmundo, um dos remanescentes de 1988. Foram dias de Glória! O reconhecimento nacional veio rápido: a revista Placar, na edição 981, dedicava duas páginas à excelente campanha do time no campeonato gaúcho.


As Partidas memoráveis foram disputadas, como o Internacional X Glória de 09.03.1989, quando os vacarienses encurralaram o adversário em seu próprio terreno e só não saíram vencedores devido à má-arbitragem. Ou como o Glória X Grêmio de 30.04.1989, em Vacaria. Naquele dia, um Grêmio em crise subiu a Serra com a obrigação de vencer, sob pena de eliminação. Em um duelo dramático e tumultuado, o tricolor arrancou suados 2 a 1, no jogo que ficou conhecido como “A Guerra de Vacaria”.


Após um começo empolgante do “Leão”, valeram a experiência e a tradição das outras equipes. Bravamente, o Glória terminou o campeonato no 4º lugar, feito notável para um estreante. Time-base durante o Gauchão, e o melhor da História do clube: Gasperin; Paulão, Vladimir, Juarez e Francisco; Edmílson, Jair, Branco e Edmundo; Geraldo e Zé Cláudio. Campanha: 26 jogos, 7 vitórias, 13 empates e 6 derrotas, 27 gols a favor e 26 gols contra.


O bom resultado no estadual valeu o convite para disputar a Divisão Especial brasileira, mas a equipe foi eliminada na primeira fase. A irregularidade refletia a perda de jogadores importantes: Gasperin encerrara a carreira, enquanto Branco, Edmundo e Zé Cláudio deixaram Vacaria. De qualquer forma, o discreto 34º lugar entre as 96 equipes da segundona brasileira representou a primeira experiência do time vacariense em competições nacionais.


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